Eterna (falta de) lucidez.


Observei o sol desvanecer-se defronte a mim e sem mais delongas vislumbrei a elegante noite chegar acompanhada do seu silencio. Silencio esse que ecoava quase tão alto quanto meus pensamentos – confesso ainda não saber qual deles o pior. Conclui que sinto tudo e simultaneamente nada sinto. Sou um eterno confuso paradoxo. A minha mente conturbada e inquieta faz-me alcançar extremos. Não suporto mais dores que dilaceram os interiores da minha alma. Não suporto mais este nausear intenso que me controla os sentidos, enquanto que as loucuras me ocupam as linhas do raciocínio. Não suporto mais caminhar diariamente rumo a um colapso mental. Não suporto estes porquês insaciáveis que desconstroem as certezas e me enchem de dúvidas. Simplesmente não suporto mais. É uma tempestade turbulenta de pensamentos e sentimentos sem fim. Me tornei um caos. Fragmentei-me e, talvez por imprudência minha, me perdi por aí. Novamente, e de novo, como num ciclo sem fim.

Bem vindo, e até breve.

Beatryz.

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